Defensor das micro e pequenas empresas há 40 anos, o presidente nacional do Sebrae, Miguel Afif Domingos, assegura que sua pré-candidatura à presidência da República ainda depende de convenções que o PSD pretende realizar entre julho e agosto próximos para decidir se lança candidato próprio. Independentemente da solução, Afif acredita que teria chances de subir a rampa do Palácio do Planalto se todos os micro e pequenos empresários brasileiros levantassem a bandeira do empreendedorismo.
Essas informações foram dadas antes da palestra “Os novos desafios para as micro e pequenas empresas”, feita na sede do Sebrae em Florianópolis, na manhã desta sexta (11). Na entrevista coletiva que Afirfi concedeu a jornalistas antes da palestra, estavam presentes o ex-senador Jorge Bornhausen, o deputado federal Jorginho Mello (PR) e vários empresários, além do presidente do Sebrae-SC, Carlos Guilherme Zigelli.
Depois de ter comandado a Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa, extinta no governo Dilma Rousseff, Afif, hoje com 74 anos, não esconde a vontade de ser presidente do Brasil, sonho que, poderia se consolidar, em sua linha de raciocínio, com uma ajudinha de boa parte do eleitorado:
– O mau humor do brasileiro é muito grande. Os exemplos que vêm de cima, de Brasília não são bons e isso será decisivo na hora de ele votar – acredita Afif, que já concorreu ao cargo em 1989, quando ficou conhecido pelo slogan “Juntos Chegaremos Lá”.
– Somos 12 milhões de micros e pequenos empresários no país. Carregamos o país nas costas, mas a microempresa não tem espaço em nenhum programa do governo federal. Pelo contrário, embora o setor microempreendedor sustente o país, é muito maltratado – observou, ressaltando que se autorizado a disputar a corrida eleitoral pelos colegas de partido não seria um nome e sim uma bandeira.
Por Imara Stallbaum, da agência Mafalda Press.
(Foto: Antonio Carlos Mafalda / Divulgação)
Caso o comentário acima for abusivo ou seu nome for utilizado indevidamente, denuncie.