Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina e voluntários estão juntos no planejamento de uma transmissão completa das manifestações na Capital. Por enquanto, o grupo conta com 20 pessoas em nome do Tarrafa HackerSpace, um laboratório experimental de eletrônica. Mesmo com a provável antecipação dos protestos para esta terça-feira, Pedro Markun, “hacker” conhecido por criar novas intersecções entre política e internet, explica que os anteneiros estarão nas ruas caso a manifestação se confirme.
- O sistema tecnicamente está pronto e operante. Vamos usar uma plataforma livre que vem sendo desenvolvida pelo mundo todo, conhecida como Rede Mesh. É baseada na ideia radical de distribuição e descentralização da informação -, explica.
A cobertura vai funcionar da seguinte forma: o grupo vai disponibilizar alguns roteadores espalhados no percurso dos manifestantes. Esses aparelhos vão capitar e replicar o sinal, e serão alimentados por baterias. As pessoas que moram próximo aos locais por onde passará a manifestação também poderão disponibilizar seus pontos de internet, desde que possuam modems 3G com acesso mínimo.
- Pedimos que as pessoas levem os aparelhos para as varandas. É uma metáfora super legal diante de tudo o que vem acontecendo. Cada um vai somar em prol de um coletivo -, contextualiza Markun.
O propósito é criar uma grande nuvem de wi-fi. A ideia apoia os movimentos populares, mas articula a cobertura de forma autônoma.
- Queremos que a manifestação seja pacífica e ganhe mais visibilidade -, justifica o “hacker”.
Além de permitir acesso à internet a todos os manifestantes, haverá transmissão ao vivo em um endereço na internet a ser divulgado no evento criado nas redes sociais.
Caso o comentário acima for abusivo ou seu nome for utilizado indevidamente, denuncie.